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segunda-feira, 18 de julho de 2011

TEMPERAMENTOS TRANSFORMADOS - Efésios 5: 15 - 21

ESTUD 4 - Enceramento da Série

OBJETIVOS DA LIÇÃO:
01 - Aplicar a doutrina bíblica da plenitude do Espírito, às lições sobre temperamentos.
02 - Levar o aluno a reflexão sobre a necessidade que temos de nos submeter à vontade de Deus.
03 - Que o aluno sinta a necessidade de mudar de atitude diante da ação do Espírito Santo sobre seu temperamento.



INTRODUÇÃO

Nos estudos anteriores, nós tratamos de definir os temperamentos e mostrar como pode ser problemático para a Igreja e para os irmãos quando as pessoas não estão preparadas para enfrentar os seus defeitos pessoais e os defeitos dos outros. Isso pode gerar uma grande crise na vida cristã e na vida da Igreja local. Para evitar que os pontos negativos do nosso temperamento atrapalhe nossa vida crista, precisamos sujeitá-los à ação do Espírito Santo. Nesta última lição concluiremos este tema observando a eficácia da vida cristã sob a ação do Espírito Santo diretamente nos nossos temperamentos.
I - ANDANDO NA VONTADE DE DEUS:

Uma das perguntas mais feitas pelos cristãos tem sido: ”Qual a vontade de Deus para a minha vida?” No texto de Efésios 5: 17, nós encontramos o Apóstolo Paulo falando aos irmãos da necessidade de procurarmos compreender qual seja a vontade de Deus. É claro que ele pretende que seus leitores mantenham a integridade moral e espiritual diante das grandes lutas dentro da cidade de Éfeso e frente aos judaizantes (cristãos vindos do judaísmo).

Paulo fala direto para os irmãos não se embriagarem com o vinho pois o uso constante de tal bebida poderia trazer uma perda completa do autocontrole (v. 18). O cristão deverá buscar um novo controle para a sua vida: “O Enchimento do Espírito”. A palavra aqui utilizada é “Plêromai” ou plenitude. Pode ser traduzida como “controle”. A idéia principal dessa plenitude do Espírito é a de controle. O Espírito Santo que habita o cristão continuamente, deve controlar e dominar a vida dos filhos de Deus. Isso tudo não apenas em um momento de emoção e alegria, mas em todos os momentos da vida. Muitos Cristãos não acreditam que receberam o Espírito Santo porque não vêem mudanças imediatas em sua vida, ou então, as mudanças duram muito pouco. Sentem-se frustrados; o melancólico continua egoísta e vingativo, o colérico não consegue controlar a ira, quando estamos nesse ponto um grande perigo nos cerca.

II - UM PERIGO NOS RODEIA:
O fato de entregarmos nossa vida nas mãos de Deus, não nos garante a condição de : “Cheios do Espírito”, tal plenitude só ocorre à medida que entregamos todas as áreas de nossa vida em submissão total a Cristo. Mesmo depois dessa plenitude, pode ser que alguma característica negativa de nosso temperamento venha nos atormentar e entristecer o Espírito Santo. Nesse caso, devemos confessar nosso pecado e permitir que a paz do Senhor habite ricamente o nosso coração. Hebreus 12:1 argumenta que nós devemos “desembaraçar-nos de todo mal que nos assedia”. Evidentemente o escritor de Hebreus quer nos ensinar que na carreira cristã nós temos que lutar contra o pecado que nos cerca. Desta forma, cada vez que o colérico estiver sujeito à ira deverá reconhecer esta fraqueza como pecado e confessá-lo . Quanto mais acariciamos os pontos fracos de nosso temperamento, mais nos distanciamos do controle do Espírito Santo.

III - OS RESULTADOS DE UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO:
A plenitude do Espírito deve ser constante e dinâmica; e para isto devemos estar atentos a cada situação. Com a ação direta de Jesus Cristo sobre nós, quando cairmos nas ciladas do nosso temperamento, imediatamente o Espírito Santo nos acusará. Confessaremos o nosso pecado e seremos restaurados.
O texto de Efésios 5: 15 - 21 traz algumas conclusões práticas quanto aos resultados de uma vida no Espírito.
1 - “Falando com Salmos” - uma linguagem que glorifica a Deus. A comunicação dentro da igreja e fora não causará dissensão. Não é um resultado fácil. Todos os temperamentos estão sujeitos a cair neste erro, no entanto, os mais extrovertidos são propensos a tropeçar com maior freqüência, pois falam antes de pensar (Pedro). Notemos que depois do cumprimento da promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo um Pedro novo aparece no cenário. Será que ele perdeu o seu temperamento? De forma alguma, suas qualidades foram realçadas. O Espírito Santo atuou com poder sobre cada fraqueza de Pedro (Atos 2: 14 - 41).
2 - “Dando sempre graças por tudo” - É outra evidência de uma vida controlado pelo Espírito, ou seja, submissão diante dos propósitos de Deus de tal forma que a atitude de gratidão seja constante. Como isto pode ser difícil para o colérico e o melancólico. A auto-suficiência, o egoísmo e a intolerância impedem muitas vezes de se submeterem à vontade de Deus, e não se submetendo, como vão agradecer?
Paulo sentiu esta difícil tarefa em sua vida, e esse colérico auto-suficiente foi capaz de viver a plenitude do Espírito de tal forma a ponto de afirmar: “Logo já não sou eu quem vive, mas Cristo é que vive em mim...” (Gl 2:20). O Paulo outrora prepotente agora sob a ação de Cristo sabe ser humilde em todas situações (Fp 4: 11-13)
3 - “Sujeitando-se uns aos outros no temor de Cristo” - Sujeição é submissão. Cada cristão deve submeter-se um ao outro e não submeter os outros aos seus caprichos. Quando o temperamento de cada um estiver nas mãos do Espírito, então nós saberemos o limite da submissão que é o temor de Cristo. Buscando a vontade do Senhor nós estaremos vendo até onde podemos caminhar juntos. Todos os temperamentos são vulneráveis a esta cilada. Sangüíneo, por ser egocêntrico e indisciplinado, o colérico por ser auto-suficiente, o melancólico sendo inflexível e o fleumático pretensioso. Como sujeitar-nos uns aos outros com essas características tão marcantes? O único meio é ouvir o Espírito Santo e deixar que nos mostre qual a vontade de Cristo Jesus. Esse é o limite, o temor de Cristo.

PARA REFLETIR:
Será que todos os cristãos de sua igreja estão cheios do Espírito?
Você tem encontrado essas características em sua vida pessoal?


CONCLUSÃO

Quando nos analisamos e descobrimos que estamos aquém da vontade de Deus, o primeiro sentimento é de fracasso e derrota. No entanto, o fato de estarmos fora do controle do Espírito Santo deve nos desafiar a uma vida santa diante de Deus. Temperamentos transformados são frutos de um exercício diário, de um processo de santificação. Tal processo só alcançará êxito quando compreendermos o que seja “não mais eu quem vive, mas Cristo é que vive em mim...”(Gl 2:2). Nesse processo precisamos reconhecer nossos pecados, confessá-los e submeter-nos a Deus, e nunca cairmos no erro de acharmos que os defeitos de nosso temperamento não mais se manifestarão. Na verdade, todos os temperamentos podem ser instrumentos nas mãos de Deus, e ele quer que todos experimentem essa plenitude.

AUTORES:
REVO ARY SERGIO ABREU MOTA E DENISE ARAÚJO MORAES ABREU MOTA

BILBIOGRAFIA
"Temperamentos Controlados pelo Espírito”, Tim LaHaye, Mundo Cristão
“Temperamentos Transformados” Tim Lahaye, Editora Mundo Cristão
‘PAZ COM DEUS” - Graham, Billy, Editora JUERP
‘O MUNDO, A CARNE E O DIABO” - Sheed, Russel, Editora Vida Nova

PS.O presente estudo faz parte de uma série publicada pelo Rev. Ary Sérgio Abreu Mota e sua esposa Denise Araujo Moraes Abreu Mota nas Revista "O Luzeiro" e "A Semente" Editora Pendão Real durante o ano de 1994.Os quatro estudos já estão disponíveis neste blog.