Seguidores

curtir

terça-feira, 14 de junho de 2011

S.O.S TEMOS TEMPERAMENTOS - Filipenses 4: 2 - 7

ESTUDO 3

OBJETIVOS DA LIÇÃO:
1 - Mostrar aos alunos que, embora sejamos um só corpo em Cristo, devemos nos preparar para enfrentar crises nos relacionamentos com os irmãos por causa das diferenças nos temperamentos de cada pessoa.
2 - Refletir sobre o lado sombrio de nossos temperamentos.

INTRODUÇÃO:

Na lição de hoje nós continuaremos a série de estudos sobre temperamentos e estudaremos um assunto pouco falado, mais muito visto em nossos dias. Há igrejas que têm se transformado em verdadeiros campos de batalha por causa de uma forte presença de pessoas com seus temperamentos mais coléricos, ou seja, que são mais auto-suficientes. Pode ser que haja muitos melancólicos que são mais egocêntrico. O resultado é o inevitável. Conflitos nos relacionamentos a tal ponto que a Igreja parece clamar por socorro.

I - UMA IGREJA EM CRISE

A Igreja de Filipos era uma comunidade especial para o Apóstolo Paulo. Ele a fundara e fizera dela uma espécie de Igreja modelo. Mesmo sendo uma comunidade modelo, havia nela conflitos internos. Evódia e Síntique representavam muito bem o que seria um conflito entre duas líderes que estavam acostumadas a cooperar nos trabalhos.
A carta do Apóstolo a essa comunidade é considerada por diversos comentaristas da Bíblia, a carta da alegria. Todavia, esse conflito na Igreja de Filipos estava gerando uma crise que culminava com a quebra da unidade da igreja (Fp. 1:27 -30). Evódia e Síntique não estavam conseguindo harmonia de pensamento e Paulo pede que essas irmãs passem a “pensar concordemente”(Fp. 4:2)., como diz a Bíblia Na Linguagem de Hoje: “que façam as pazes”.
É conhecida a forte personalidade das mulheres da Macedônia onde ficava a cidade de Filipos. Lá as mulheres negociavam livremente, visitavam os centros culturais e participavam ativamente da vida religiosa na sua época. Tais procedimentos não eram comuns às mulheres de outros lugares. Com isso, passamos a entender porque elas eram consideradas cooperadoras de Paulo na implantação do evangelho em Filipos. Todavia, o Apóstolo vê como uma necessidade que haja um fim para esse conflito e a igreja volte à paz e harmonia.



II - TEMPERAMENTOS X TEMPERAMENTOS

Na igreja encontramos pessoas de diversos tipos e diversos temperamentos, mas acima de tudo pessoas que foram transformadas por Deus e que continuam sendo humanas. Conforme o estudo passado nós aprendemos que o fato de sermos novas criaturas não nos deixa imunes à tensão que temos que enfrentar em nosso interior entre a carne e o Espírito (Gl 5:17). Uma comunidade que congrega cem ou duzentas pessoas, possivelmente corre o risco de ter conflitos internos por causa do temperamento de cada um.

III - EXEMPLOS BÍBLICOS
Não é difícil encontrarmos na Bíblia alguns exemplos de como o comportamento humano causou problemas ao povo de Deus. Em Atos 15: 1 - 35 nós encontramos a primeira grande controvérsia na Igreja Cristã. Se verificarmos nos v. 2 e 3, vamos entender que o grande causador dessa crise foi a intolerância de alguns cristãos que vinham do judaísmo e queriam impor suas normas aos cristãos que vieram de outras religiões. A questão teológica é importante nesse Concílio, mas a forma como se tenta impor pontos de vista é fato ligado ao temperamento daquelas pessoas.
Outro texto que lembramos é I Coríntios 3: 1 - 8 que mostra uma igreja marcada por divisões por causa do estilo de cada pregador. Logicamente que os líderes não compactuavam com essas divisões, mas os irmãos estavam levando-as às últimas consequências. Outro conflito dentro dessa igreja se encontra em I Co 12: 12 -31 na questão dos dons. Muitos tinham uma atitude de auto-depreciação (v.15 e 16), “porque não sou mão, não sou do corpo”, ou “porque não sou olho, não sou do corpo”. Outros porém, eram auto-suficientes (v. 21) “não precisamos de vós”. Cada cristão de Corinto deveria buscar uma atitude de cooperação e valorização de todos e para com todos no corpo de Cristo. O problema justamente é fazer com que pessoas que ainda não permitiram que o Espírito Santo domine seu temperamento passem a agir como cristãos maturos.

CONCLUSÃO
Não é o fato de encontrarmos conflitos como esses na igreja que nos dá o direito de agirmos com a mesma imaturidade. Muito pelo contrário, a igreja começará a ser transformada e fortalecida à medida que vamos descobrindo as nossas divergência e tratá-las à luz da palavra de Deus e na direção do Espírito Santo. Não temos o direito de exigir que as pessoas tenham o nosso temperamento, mas temos que buscar o auxílio indispensável do Espírito para resolvermos os nossos conflitos e continuarmos glorificando a Deus com a nossa carreira cristã.

PS.O presente estudo faz parte de uma série publicada pelo Rev. Ary Sérgio Abreu Mota e sua esposa Denise Araujo Moraes Abreu Mota nas Revista "O Luzeiro" e "A Semente" Editora Pendão Real durante o ano de 1994. Aqui publicarei a série total.