OBJETIVOS DA LIÇÃO:
1 - Mostrar que o fato de serem cristãos, não nos isenta das lutas próprias de seu temperamento.
2 - Desafiar os alunos a se tornarem vigilantes diante das ciladas de seus temperamentos.
INTRODUÇÃO
Desde que tomamos a decisão por Cristo, nós nos tornamos novas criaturas e possuidores de uma herança comum a todos os crentes que é a vida eterna (I Co 5:17 e João 3: 16). O que não podemos negar, é que as lutas estão apenas iniciando em nossa vida espiritual.
Na lição anterior vimos a origem e a divisão mais tradicional dos temperamentos. Na lição de hoje nós queremos abordar a seguinte questão:
I - O TEXTO BÁSICO:
Corinto era uma comunidade até certo ponto complicada. Uma igreja que passava muitas crises e por vezes, o Apóstolo Paulo precisava advertir os irmãos através de cartas. O texto de nossa lição trata da justificativa de Paulo sobre seu ministério mostrando que sua conduta estava centralizada no amor de Cristo e na eficácia de sua morte (v.14). O alvo da morte de Cristo é reconciliar as pessoas com Deus e transformá-las em novas criaturas (v. 15 e 17).
Agora que somos novas criaturas ou Nascidos de novo, nossos valores mudaram e nossas atitudes exteriores se tornam mais pensadas. Contudo, devemos nos preparar para enfrentarmos os nossos inimigos naturais desde a nossa conversão.
II - OS NOSSOS INIMIGOS NATURAIS:
Sem dúvida, é um engano acharmos que estaremos completamente dominados pelo Senhor e que o nosso próprio temperamento já está subjugado por Deus. De maneira nenhuma. Precisamos conhecer melhor as particularidades de nossa vida espiritual e procurarmos ter atitudes de submissão a Deus para enfrentarmos os inimigos que nos tem surgido à frente.
Quais os inimigos que temos que enfrentar após a conversão?
1 - O DIABO
Sabemos que ele é um ser poderoso, e que se opõe a Deus, tenta destruir e enganar o povo de Deus. Ele tem diversos nomes, “demônio”, “homicida”, “Serpente”, “Pai da mentira” etc. (Mt 13:19, Lc 4:33, João 8:44). No momento em que você se decidiu para Cristo, o diabo sofreu uma tremenda derrota, e de todas as maneiras tentará tirá-lo de perto de Deus. Possivelmente, ele irá tentá-lo com alguma fraqueza sua para derrotá-lo. Talvez ele busque uma brecha em seu temperamento, um egoísmo, uma dúvida ou insegurança para vê-lo distante de Deus. Lembre-se que ele ruge como um leão tentando devorar sua presa (1 Pedro 5:8).
2 - O MUNDO
O segundo inimigo que enfrentamos é o mundo. O cosmos, o sistema deste mundo. Ele tenta impelir-nos para o pecado: os prazeres, más companhias, modas, opiniões, objetivos etc. Nós sabemos que os prazeres são legítimos quando bem usados e ilegítimos quando abusamos deles. Todo abuso é exagero. Não pretendemos que os jovens cristãos se tornem uma espécie alienígena habitando o planeta terra. Mas queremos jovens cristãos que saibam equilibrar seu envolvimento com os prazeres que o mundo oferece. Não devemos amar o mundo nem o que há no mundo, mas devemos entender que estamos vivendo nesse mundo como pessoas normais com a diferença de sermos portadores da graça de Deus (1 João 2:15 e João 17:15).
3 - A CARNE
O terceiro e último inimigo que enfrentamos é a nossa carne ou “Concupiscência da carne” (Gl 5: 16 -17). É precisamente aquela má tendência de nosso temperamento e de nossa personalidade. Depois da conversão foi declarada uma guerra espiritual em sua vida. Você foi alcançado com o perdão de Deus, mas o seu temperamento com a somatória de seus defeitos e qualidades ainda está vivo dentro de você aguardando oportunidade para demonstrar os seus defeitos e transformá-los em pecados. Em outras palavras, “Há um traidor em potencial dentro de você pronto para arrastá-lo para baixo”. Paulo ao se dirigir aos irmãos de Roma diz que ele não compreende o seu próprio modo de agir diante do fato de querer fazer o bem e acabar fazendo o mal (Romanos 7: 15 -22). Tal afirmativa mostra que ele vivia grandes lutas no âmbito de seu temperamento ou sua natureza carnal.
PARA REFLETIR COM A CLASSE:
Você acha que os conflitos dentro de seu coração são claras evidências de que você precisa colocar o seu temperamento nas mãos de Deus?
CONCLUSÃO
Não é o fato de estarmos rodeados de inimigos que nos levará ao abatimento e desânimo. Como cristão, a nossa atitude para com eles poderá ser sintetizada numa palavra única: SUBMISSÃO. A submissão absoluta a Deus é a única conduta possível para o Cristão que procura vitória completa sobre seus inimigos naturais inclusive sobre os defeitos de seu temperamento que ainda não foi dominado pelo Espírito Santo. O desafio que nos resta é o de vivermos de maneira nova deixando os velhos defeitos de nosso temperamento sepultadas no passado e passando a viver submissos a Deus de tal maneira que possamos permitir que o Espírito Santo promova em nosso temperamento as características próprias do seu: Amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5: 22).
PS.O presente estudo faz parte de uma série publicada pelo Rev. Ary Sérgio Abreu Mota e sua esposa Denise Araujo Moraes Abreu Mota nas Revista "O Luzeiro" e "A Semente" Editora Pendão Real durante o ano de 1994. Aqui publicarei a série total.
