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sábado, 14 de maio de 2011

DESCOBRINDO OS TEMPARAMENTOS Romanos 14: 1 - 12

Estudo I
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
01 - Ensinar que cada um possui um temperamento.
02 - Mostrar a necessidade de conhecer e aprender a respeitar as pessoas como elas são.
03 - Levar os alunos a procurar canalizar as qualidades e defeitos de seus temperamentos para ser usado de maneira positiva por Deus.

INTRODUÇÃO:
A partir de hoje estaremos estudando quatro lições sobre temperamento, sua definição, divisão, as múltiplas faces de cada um, as dificuldades no corpo de Cristo e como transformá-los em instrumentos nas mãos de Deus.
A definição mais comum dentro da psicologia sobre Temperamentos é: “Um conjunto de traços particulares, que expressa o modo de ser e de agir de cada pessoa”. Portanto, basta estar vivo para ter um temperamento. Minha maneira de ser, meu modo de agir e até minhas reações aos problemas, já mostram claramente qual o meu temperamento.

A ORIGEM E A DIVISÃO DOS TEMPERAMENTOS:

A maneira mais comum de definir uma pessoa, está relacionada com a expressões: “Extrovertida” ou “Introvertida”. No entanto, a questão é mais abrangente, e nem sempre foi assim. Alguns séculos antes de Cristo houve um homem chamado Hipócrates, que depois de observar as reações das pessoas concluiu que algumas diferenças básicas as dividiam em quatro situações: Sangüíneo, Melancólico, Colérico e Fleumático. Contudo, alguns séculos se passaram e esse conceito perdeu o seu vigor com a era freudiana (do Psicanalista S. Freud), que ressaltava o comportamentalismo, ou seja, o ambiente seria o responsável pela definição dos temperamentos. Com essa corrente psicológica isentava-se a responsabilidade das pessoas, visto que o meio era responsável pela formação de cada indivíduo. Depois de Freud a ciência explodiu, e a evolução genética concluiu que o ser humano possuía características de personalidade oriundas do meio e também da herança genética (hereditária).
Na década de 90 um autor resgatou novamente a teoria dos temperamentos de Hipócrates, servindo de base para Tim LaHaye em seus livros ( Temperamentos Controlados pelo Espírito e Temperamentos Transformados), que procurou trabalhar cada um deles. A seguir veremos as principais características de cada um:

01 - COLÉRICO
Uma pessoa com este temperamento mostrará um caráter independente, grande capacidade de liderança, praticidade nas decisões. Normalmente é otimista e enérgico. Porém, a paciência não é sua melhor companheira e isto o torna intolerante. É auto-suficiente e sarcástico. Propenso a ira e geralmente insensível. O colérico é vaidoso. O Apóstolo Paulo é um bom exemplo de colérico: Perseguidor cruel (Atos 9: 1 -2), líder em potencial, e pelo seu trabalho missionário notamos o caráter audacioso do Apóstolo.

02 - MELANCÓLICO
Estamos diante de um idealista em potencial. Sua preocupação concentra-se em mostrar uma tarefa bem acabada, e para isto é minucioso, dedicado e sensível. Mesmo para as atividades mais comuns a perfeição é seu lema. Contudo, o melancólico é egoísta, crítico e levado ao pessimismo. Tem dificuldades em conviver socialmente, é inflexível e na maioria das vezes vingativo.
Em Atos 7:22 lemos “E Moisés foi criado em toda a ciência do Egito e era poderoso em palavras e obras”. Neste versículo temos um quadro do temperamento de Moisés. Os melancólicos normalmente ultrapassam as expectativas quando se vêem diante de um desafio (Moisés guiando o povo no deserto). Não raras vezes o melancólico se deixa levar pela inferioridade: “Não tenho talento” (Ex 3:10), “Ninguém acreditará em mim” (Ex 4:1), “Não posso falar em público”(Ex 4:11-12), tenta fugir até o último momento (Ex 4:13). No entanto, é idealista, dedicado o bastante para conduzir uma multidão por 40 anos no deserto.

03 - SANGÜÍNEO:
É aquele que se destaca em qualquer ambiente. Comunica-se com facilidade. É entusiasta e normalmente compreensível. O sangüíneo é o melhor companheiro. Acredita no mundo e nas pessoas, e muitas vezes é destacado pela simpatia. É o que mais se enquadra no termo “Extrovertido”, e isto o faz barulhento e exagerado. E por estar sempre em ebulição, sua capacidade de concentração é fraca. E mesmo sendo tão desprendido e amante da vida, normalmente é inseguro e egocêntrico. O Apóstolo Pedro é o nosso Sangüíneo. O ímpeto do Sangüíneo o faz agir precipitadamente ( Mt 14:28-31), só depois de se lançar no mar é que o medo sobressai. O sangüíneo salta antes de olhar, fala antes de pensar (Mt 17:4) e age antes de refletir (Mt 26:69 - 70).

04 - FLEUMÁTICO:
A palavra “Fleuma” significa falta de emoção. O fleumático não se emociona com facilidade, tudo nele é moderado e persistente; olhamos para um fleumático e nos sentimos seguros pois são calmos e estão sempre tranqüilos. Trata-se de um líder eficiente e prático. Porém, a calma deste temperamento leva à indecisão e a introspecção. Um fleumático é calculista e desconfiado por natureza. Abraão é o Sr. Fleumático. Quando Deus manifesta-se pela primeira vez a Abraão mostra claramente a sua vontade (Gn 12:1), porém, a indecisão de Abraão o impede de obedecer à palavra de Deus: “Sair”. Abraão parou em Harã com a família, e só depois da morte de seu Pai é que seguiu viagem, e ainda não sem a parentela, mas com Ló seu sobrinho. Ora, Deus havia dito a ele: “Sai da tua terra e da tua parentela...”(Gn 12: 1).
Os fleumáticos são relutantes quando se trata do desconhecido. São pacificadores e não se adaptam a contendas (Gn 13: 8 -9).


PARA DEBATER:
É possível nós convivermos com pessoas tão diferente de nós?
O que precisamos fazer para conviver com essas pessoas?

CONCLUSÃO
Todos nós possuímos um dos temperamentos, ou até mesmo uma mistura de dois deles. Conhecê-los certamente nos facilitará a compreensão de muitas atitudes que tomamos, e outras que neglicenciamos. Cada um dos quatro temperamentos básicos possui qualidades e defeitos, no entanto devemos deixar que Deus use os nossos temperamentos como instrumentos em prol do seu Reino
Paulo em Romanos 14: 1 - 12 aconselha aos irmãos a serem tolerantes uns para com os outros., ressaltando que se um é diferente na maneira de comer ou de guardar certos preceitos do judaísmo, o outro não deverá ter dificuldades em aceitá-lo. Não devemos julgar as pessoas só porque são diferentes em sua atitudes mas devemos aceitá-las como são. Se alguma coisa precisa ser mudada nos irmãos, então que seja operado pelo Senhor, pois não vivemos para nós mesmos e sim para o Senhor.


ps. O presente estudo faz parte de uma série publicada pelo Rev. Ary Sérgio Abreu Mota e sua esposa Denise Araujo Moraes Abreu Mota nas Revista "O Luzeiro" e "A Semente" Editora Pendão Real durante o ano de 1994. Aqui publicarei a série total.