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terça-feira, 5 de abril de 2011

UMA CHAVE PARA SALVAÇÃO DE MILHARES

Em 1993 assisti a um filme chamado “A Lista de Schindler”.Steven Spielberg conta a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que usou seu dinheiro e conexões para libertar judeus de campos de concentração, em plena 2ª Guerra Mundial. Ele chega a entregar seu próprio relógio e seu próprio carro para ser vendido e aplicado na salvação de mais um judeu. Aquele empresário empobreceu por amar o ser humano acima de sua fortuna. Olho para essa história, que dizem ser verídica, e penso: O que leva um homem a acreditar tanto em algo que o motiva a investir sua vida toda e todos os seus recursos desta forma? Certamente Schindler descobriu que ele era uma chave para salvar pessoas da morte.
Quando o profeta Isaias foi chamado pelo Senhor, se achou diante de Deus que era glorificado por serafins. Naquela visão de Deus, Isaias olha para si mesmo e vê a sua miséria e grita: “Ai de mim, estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios” (Isaias 6: 1 –9). Nessa experiência, o profeta vê a Deus, vê a si mesmo, reconhece a própria miséria e a do povo. O que determinou sua reação e aceitação ao chamado de Deus foi sua “Visão”. A partir daquele momento, o Profeta estava disposto a gastar todos os seus dias e todo o seu vigor para levar ao povo uma esperança nova.
Não podemos vendar nossos olhos diante do mundo. Há quase sete bilhões de pessoas no planeta. Só na região menos evangelizada do planeta, chamada de janela 10/40, entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico, são 54 países com 2,6 bilhões de habitantes. A lista de povos não alcançados pelo evangelho consta hoje de quase dois mil povos. Ninguém falando de Cristo, nenhum trecho da Bíblia traduzido, alguns não tem idiomas conhecidos. Além de povos e etnias, temos diversos grupos étnicos dentro das próprias cidades; são ciganos, chineses, latinos, quilombos, góticos, travestis, prostitutas, população de rua, drogados e outros.
Quando o Senhor Jesus passava por Sicar, na província de Samaria, encontrou uma mulher em um poço, com a qual inicia um diálogo evangelístico. Seus discípulos chegaram e ele disse: “Vede os campos que estão brancos para a ceifa” (João 4:35). O Senhor “viu” naquele encontro com a mulher samaritana, uma possibilidade de alcançar a cidade de Sicar com a graça salvadora.
Em outra ocasião, encontramos Jesus diante de milhares de pessoas: “Vendo Jesus às multidões, compadeceu-se delas porque estavam aflitas, exaustas como ovelhas que não têm pastor” e desafiou os discípulos dizendo: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai ao Senhor da seara que envie mais trabalhadores” (Mt 9:36 e 37). Assim, o Senhor Jesus, “Vê as multidões”, “Vê suas necessidades” e “vê as possibilidades”. Mais trabalhadores com a mesma visão, seria a meta para alcançar a seara ou os povos. Por tudo isso, é que cada discípulo de Jesus se torna uma “chave” para a salvação das pessoas. Uma chave que deve abrir portas e não fechá-las.
Que o Senhor nos encha de amor.