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sábado, 30 de janeiro de 2010

ALIVIANDO A BAGAGEM


Max Lucado, Pastor e escritor americano, escreveu um livro com o sugestivo nome “Aliviando a Bagagem”. Nessa obra, Lucado afirma que todos nós levamos uma série de cargas pesadas que nos fazem caminhar com mais dificuldade do que normalmente teríamos potencial. Essas cargas nos impedem de ter uma vida sadia e satisfatória, nos projetam para, a cada passo, ficarmos mais fadigados. Dessa forma, perdemos, em muitos aspectos, o que de melhor poderíamos fazer se não carregássemos tais fardos.
Quando fazemos algo que sabemos ser contrário à vontade de Deus, nasce em nós o sentimento de culpa. Esse sentimento constitui um sério problema psicológico e espiritual. É o sentido acusador de fracasso pessoal e interpessoal. Assim, sob a tensão da culpa que se volta contra uma pessoa, podem ser desenvolvidos padrões neuróticos, ansiedades, temores, auto-rejeição, atitudes defensivas que se expressam em agressão e outras mazelas. A culpa pode ser um distúrbio, um fardo insuportável, machucando quem é sensível e prejudicando as relações inter pessoais; pode ser uma prisão de ansiedade e hostilidade.
Mas o que é culpa? - Culpa é um mal-estar emocional que experimentamos quando reconhecemos que temos errado. Culpa verdadeira-é saudável quando reconhecermos a vontade de Deus em não a realizarmos mais em nossa vida. Culpa falsa - é quando alguém, você mesmo ou satanás, coloca algum sentimento negativo o acusando de alguma coisa que você não fez, ou que fez, mas já foi corrigido. Parece que os ossos estão se quebrando dentro do corpo. Há pessoas que carregam esse fardo durante anos, sem querer, contudo, confessar diante de Deus. Não conseguem aliviar a bagagem.
Davi havia cedido a uma paixão e tal paixão se tornou adultério e homicídio. Os dias passavam, e parecia que tudo ia bem. Mas o profeta Natã, que fora enviado por Deus, torna as coisas mais complicadas na vida de Davi. Ele agora, diante da constatação de seu pecado, se vê às voltas com um sentimento de culpa sobre seus ombros. Nessa ocasião ele escreve o Salmo 51.
Quantos de nós, hoje, temos vivido aterrorizados, como que fugindo de "fantasmas". São pessoas atribuladas, oprimidas e perseguidas pelas lembranças amargas do pecado. Quando nos aproximamos de Deus, através da confissão sincera e do derramamento da alma diante do Senhor, ele não tem outra atitude a não ser perdoar (1 João 1:9, Isaias 1:18). O perdão faz parte do caráter de Deus. Ele, de fato, perdoa e esquece (Isaias 43:25). Diante da confissão sincera, Deus tem demonstrado o seu amor, derramando o seu perdão.
O que tem ocorrido é que muitas pessoas foram perdoadas e sabem que foram perdoadas. Contudo, elas mesmas não se perdoaram. É como se estivessem se punindo constantemente. Seria um autoflagelo das emoções, é falsa culpa encontrando espaço em nossa alma. Será que estamos demonstrando amor a nós mesmos quando agimos dessa maneira? Será que não estamos limitando o poder de Deus e o seu amor com a recusa do perdão?
Davi conheceu a miséria da culpa, trilhou o caminho amargo desse terrível sentimento, todavia experimentou o amor de Deus e a sua graça. Ele mesmo pede no Salmo 51 "Cria em mim ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável" v. 17.
Você quer experimentar esse novo sentimento de louvor e de adoração e se desfazer do sentimento de culpa? Então receba o perdão de Deus e seja uma nova pessoa e lembre-se: Deus não usa pano sujo para limpar sujeira, ele usa o sangue de Jesus para “nos purificar de todo pecado” (I João 1:9).
Vamos aliviar a bagagem?
Rev. Ary Sergio Abreu Mota