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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

FELIZ TEMPO NOVO



Quando pastoreava uma outra igreja conheci um irmão que acabara de completar 45 anos. Sua festa de aniversário veio recheada de muita alegria e de uma grande preocupação. Tal preocupação tornou-se uma tristeza e uma depressão. É que um sobrinho seu, durante os festejos de seu aniversário acabou usando a expressão meia idade. Obcecado com o tempo, o referido irmão passou a contar os dias que lhe restavam de vida e não ficou nada feliz com suas conclusões.
Como este irmão, tenho encontrado outras pessoas que, igualmente, ficam com medo do futuro e principalmente da morte. O tempo nos amedronta e, principalmente, nos faz pensar que estamos envelhecendo. Mas, que é o tempo?
Embora não tenhamos uma definição para o tempo, costumamos dividi-lo em períodos. Segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos e milênios. Normalmente quando nos referimos ao tempo vivido por uma pessoa, costumamos dizer que fulano viveu tantos anos. Contudo, ainda assim, a vida dessa pessoa não pode ser expressa em anos. O tempo cronológico, (contado por horas), não define de maneira clara quem foi a pessoa. A menos que procuremos de maneira intensa sobre sua história, não poderemos conhecê-la. O tempo vale pela intensidade com que vivemos nossos dias e pela sabedoria com que o aproveitamos. Assim, uma pessoa que viveu 20 anos poderá ter aproveitado melhor a vida do que uma outra que viveu noventa anos.
Para o cristão, convém lembrar a cada momento que a sua vida é preciosa e que ele deve administrar cuidadosamente o seu tempo. O Salmo 90: 9 diz: “Acabam-se os nossos anos como um breve pensamento”. Vemos então que a nossa vida é rápida e transitória. No mesmo Salmo encontramos a súplica do salmista: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio” (v.12). “Contar os dias”, é administrar com sabedoria, é utilizar a nossa existência de forma que possamos glorificar a Deus com a nossa vida. É lamentável ver que a maioria das pessoas empregam mal o seu tempo. Certo filósofo dizia às pessoas que o procuravam para conversar banalidades: “Não me tires aquilo que não me podes dar”, referindo-se ao tempo perdido com conversa sem proveito. Deus é o dono do tempo, e ele nos tem confiado o tempo de nossa vida. Como estamos usando tal presente de Deus?
Eclesiastes 12:1 diz: “Lembra-te de teu criador nos dias da tua mocidade, antes que cheguem os maus dias e diga, Não tenho neles prazer”. Isso implica dizer que eu sou responsável perante o Senhor, pelo bom ou mau emprego daqueles minutos ou horas do dia que estou gastando.
A vida é passageira e nossos dias, segundo o salmista, duram apenas 70 ou 80 anos, o que passa disso é canseira e enfado. (Sl 90:10). No entanto, devemos investir o nosso tempo no melhor negócio: Andar com Deus.
O tempo melhor empregado é aquele que gastamos servindo ao Senhor, em que buscamos a Deus para que nos oriente como administrá-lo com sabedoria. Viva de maneira intensa, mas viva de maneira que glorifique a Deus em todo o seu tempo.
Feliz tempo novo.
Rev. Ary Sérgio Abreu Mota