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sábado, 22 de novembro de 2008

ONDE FOI PARAR A INTEGRIDADE?

A palavra corrupção está na mente e no coração de grande parte do povo brasileiro. Enquanto eu estou escrevendo esta pastoral, desconfio que milhares de reais estejam sendo desviados dos cofres públicos ou estão sendo empregados de maneira irregular. Mas a corrupção é uma velha amiga do homem. A "cola" nas provas, concursos e vestibulares, a propina dada ao policial de transito, o suborno que é dado aos fiscais do INSS, ou do ICMS ou IR... Omitimos dados nas nossas declarações de renda, mentimos quando forjamos notas fiscais com valores alterados para ganhar mais nas diárias. Estamos acostumados a comprar e vender sem nota fiscal a fim de sonegar os impostos.
Dwight L. Moody, o grande pregador do século XIX, disse certa ocasião: "Caráter é aquilo que você é no escuro. As pessoas podem duvidar do que você diz, mas sempre acreditarão naquilo que você faz". A Palavra de Deus assim se expressa em Provérbios 10:9 "Quem anda com integridade, anda com segurança".
Tanto nos negócios, quanto na vida pessoal, integridade é uma das qualidades mais sublimes e mais valorizadas do caráter. Integridade é essencial para que os relacionamentos sejam fortes. A falta de integridade dentro do rebanho da Igreja tem abalado os relacionamentos, as alianças ministeriais, a comunhão, a mutualidade. Basta estar atento para perceber que nos últimos anos a ausência de integridade na vida de vários líderes da Igreja de Cristo, acabou por afetar o crescimento, o desenvolvimento do Reino de Deus em vários lugares do mundo.
O termo "integridade” está relacionado à idéia de "tornar um". O oposto é "desintegração". A palavra integridade provém do latim "integritas", que se traduz por "sanidade, pureza", e também de "integer", "inteiro, completo". O significado específico e literal de integridade na língua hebraica é "completo total" do o vocábulo "tam".
A falta de integridade faz com que, as pessoas "caiam aos pedaços", os relacionamentos "se desagregam", a confiança "se quebra". Sem integridade a vida e os relacionamentos são fracionados, doentios e incompletos. Ninguém quer ser enganado ou depositar sua confiança na pessoa errada. A vida já é complicada o suficiente sem que tenhamos que lidar com pessoas de "duas caras", que agem com duplicidade. Quando alguém diz que vai fazer alguma coisa, tudo o que queremos é que ele realmente faça aquilo que disse que iria fazer.
Nos Salmos 86:11 encontramos o desejo do salmista:"Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome". Eu e você muitas vezes vivemos momentos em que sentimos uma voz apelando para "não" sacrificarmos determinado valor, nem desobedecermos ao nosso senso de retidão. Esta voz pode vir de nossa própria consciência, ou mesmo do Espírito Santo. Entretanto, com estranha facilidade, reprimimos aquela voz e fazemos exatamente o que não devíamos fazer, e assim comprometemos a nossa integridade.
Quando existe integridade, os pensamentos, palavras e ações de uma pessoa estão alinhados entre si. O discurso não difere da prática. Ele ensina e vive o que ensina. Este termo era usado para se referir àquele que se "caracterizava por ser reto". Era o termo para se referir a uma pessoa que segue sempre a mesma direção, aquele que não vive fazendo voltas, curvas, aquele que não se desvia do caminho. Era usado para se referir a alguém que se conduzia de modo imparcial e justo, alguém que não sacrifica a sua opinião à própria conveniência, nem às dos outros. Ele é exato, inteiro.
O íntegro não se amolda ao mundo. Não se conforma. As pessoas de nossa sociedade estão à procura de uma nova cultura. Cultura esta que seja rica de significado, de demonstrações de amor verdadeiro, de paz e de referenciais. A Igreja deveria ser o lugar certo para se procurar estas coisas. Entretanto não é isso que elas encontram. Na verdade muitas das igrejas cristãs perderam a sua identidade. Ofuscaram o propósito histórico de Deus que é chamar um povo para si mesmo. Um povo santo, separado do mundo para lhe pertencer e obedecer. John Stott, pensador cristão, diz que deveríamos andar na contracultura. É uma questão de preferência, de escolha. É uma questão de valores. Você precisa decidir o que tem mais valor: estar na companhia dos ímpios e fazer o que eles fazem, ou estar na comunhão com os demais membros do povo de Deus vivendo em integridade e em santificação.
O meu desejo é que o Espírito Santo do Senhor provoque em sua vida um anseio ardente de manter uma vida íntegra diante de Deus e do mundo.

Rev. Ary Sérgio Abreu Mota


“Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.” Provérbios 10:9


Textos de Apoio: Sl 1; I Rs 9: 1 -9; Sl 7; Jó 1: 1 – 8; Sl 15; Tt 2: 1 – 14; Dn 1: 8 – 16


Questões para reflexão:

O que esta mensagem tem com a minha vida?

Eu preciso mudar um hábito ou uma visão?

Como deixar o Espírito agir em minha vida?


MINHA ORAÇÃO:_____________________________________________
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