Tenho observado as pomposas festas que são realizadas no período do natal em nosso país. A cada dia são mais glamourosas e mais distantes de seu significado essencial: a encarnação de Deus. Há um verdadeiro encanto mágico criado em torno do natal com o objetivo essencialmente comercial. Não obstante a tudo isso, tenho observado fatos pitorescos que se impõe ao glamour das festas comerciais.
Tempos atrás estava de passagem pela cidade de Curitiba no Paraná, quando fui ver de perto a apresentação de um maravilhoso coral de crianças e adolescentes que se apresentavam nas janelas de um edifício promovida por um Banco internacional. A apresentação, de fato, era cheia de atrativos para uma população ávida por visuais encantados. Uma talentosa atriz encenava uma peça, enquanto as crianças completavam a cena com as músicas natalinas e do folclore brasileiro. Luzes, lâmpadas e estrelas davam um tom especial ao espetáculo que culminou com um show pirotécnico por milhares de explosivos. Pessoas bem vestidas, famílias inteiras se acotovelavam para tentar ver mais de perto o folguedo das crianças nas janelas do prédio. No meio a tudo isso, algo me chamou atenção. Um catador de recicláveis com seu carrinho abarrotado de papelão, papeis e garrafas, foi se aproximando empurrando um e outro e colocou seu carrinho em uma árvore próxima a mim. Uma pequena menina que aparentava não ter mais do que 8 anos, saiu de entre os papelões. O catador arrumou uma espécie de rampa de papelão e subiu no carrinho e segurou no ombro da menina que o chamou de tio. Com todo o cuidado ele segurou a menina que assistiu ao espetáculo alheia a todos e de um lugar privilegiado juntamente com seu tio.
Desse quadro tiro algumas lições do natal:
Primeiro: O natal de Jesus Cristo é para todos os povos e pessoas. Homens, mulheres, adultos e crianças. É para o pobre que vive do que a sociedade deixa cair ou considera lixo, é para milhares de pessoas que habitam as favelas e morros de nosso país, é também para aqueles que desperdiçam e acumulam bens.
Segundo: O natal de Jesus Cristo é muito mais do que festa e o glamour, ele é o natal dos que não podem comprar, não têm o que vender e apenas sobrevivem em meio ao caos econômico social em que vivemos.
Terceiro: O natal de Jesus Cristo é Deus dando uma demonstração de amor e segurança em meio ao caos. Deus está conosco. É como aquele homem segurando a sua pequena sobrinha para que visse melhor o espetáculo. Ela sabia que era arriscado, mas o braço de seu tio a segurava. Lembro-me da expressão do salmista “sob suas asas estarás seguro” (Sl 91:4).
O Glamour é dispensável já que Deus se fez carne e nasceu em um lugar simples rodeado apenas por vacas, cabras e jumentos. Contudo, o essencial é glorificarmos ao Senhor com toda a nossa força, vigor e honra.
Glória a Deus por que existiu um primeiro natal na nossa história.
Feliz natal.
Rev. Ary Sérgio Abreu Mota
Tempos atrás estava de passagem pela cidade de Curitiba no Paraná, quando fui ver de perto a apresentação de um maravilhoso coral de crianças e adolescentes que se apresentavam nas janelas de um edifício promovida por um Banco internacional. A apresentação, de fato, era cheia de atrativos para uma população ávida por visuais encantados. Uma talentosa atriz encenava uma peça, enquanto as crianças completavam a cena com as músicas natalinas e do folclore brasileiro. Luzes, lâmpadas e estrelas davam um tom especial ao espetáculo que culminou com um show pirotécnico por milhares de explosivos. Pessoas bem vestidas, famílias inteiras se acotovelavam para tentar ver mais de perto o folguedo das crianças nas janelas do prédio. No meio a tudo isso, algo me chamou atenção. Um catador de recicláveis com seu carrinho abarrotado de papelão, papeis e garrafas, foi se aproximando empurrando um e outro e colocou seu carrinho em uma árvore próxima a mim. Uma pequena menina que aparentava não ter mais do que 8 anos, saiu de entre os papelões. O catador arrumou uma espécie de rampa de papelão e subiu no carrinho e segurou no ombro da menina que o chamou de tio. Com todo o cuidado ele segurou a menina que assistiu ao espetáculo alheia a todos e de um lugar privilegiado juntamente com seu tio.
Desse quadro tiro algumas lições do natal:
Primeiro: O natal de Jesus Cristo é para todos os povos e pessoas. Homens, mulheres, adultos e crianças. É para o pobre que vive do que a sociedade deixa cair ou considera lixo, é para milhares de pessoas que habitam as favelas e morros de nosso país, é também para aqueles que desperdiçam e acumulam bens.
Segundo: O natal de Jesus Cristo é muito mais do que festa e o glamour, ele é o natal dos que não podem comprar, não têm o que vender e apenas sobrevivem em meio ao caos econômico social em que vivemos.
Terceiro: O natal de Jesus Cristo é Deus dando uma demonstração de amor e segurança em meio ao caos. Deus está conosco. É como aquele homem segurando a sua pequena sobrinha para que visse melhor o espetáculo. Ela sabia que era arriscado, mas o braço de seu tio a segurava. Lembro-me da expressão do salmista “sob suas asas estarás seguro” (Sl 91:4).
O Glamour é dispensável já que Deus se fez carne e nasceu em um lugar simples rodeado apenas por vacas, cabras e jumentos. Contudo, o essencial é glorificarmos ao Senhor com toda a nossa força, vigor e honra.
Glória a Deus por que existiu um primeiro natal na nossa história.
Feliz natal.
Rev. Ary Sérgio Abreu Mota