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sexta-feira, 10 de julho de 2009

“A MORTE É SHOW”


Esta semana Michael Jackson proporcionou ao mundo seu último show: Seu Enterro. Conhecido como “O rei do pop”, provavelmente seja hoje, mais conhecido do que Jesus Cristo pelo mundo. Foi um dos milionários americanos que mais fez doações para instituições de caridade e para causas sociais. Também foi dono de um sítio localizado em Santa Bárbara, na Califórnia, o qual deu o nome de “Neverland” (Terra do nunca), onde construiu uma mansão, um zoológico particular e um parque de diversões infantil. O nome deste sítio foi dado em referência ao lugar encantado onde o personagem “Peter Pan” realizava todos os seus desejos e sonhos, além de mantê-lo sempre como criança e, assim, fugir da vida de adulto.
Não pretendo aqui escrever uma mini-biografia de Michael Jackson, pois, a mídia, já está fazendo isso. Quero somente retirar algumas lições deste episódio para aplicá-las em nossas vidas, citando algumas passagens da Bíblia:
Primeiro: A Bíblia não condena a riqueza, mas a avareza. Todavia, as riquezas deste mundo foram desprezadas por Jesus para colocar seu plano em ação. Ele usou pessoas como seu maior tesouro. “Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16.26) O “ídolo pop” não pode levar sua fortuna, pois ela não mudaria o seu destino final. Não adianta ser enterrado em caixão revestido de ouro ou apenas ser jogado em uma vala comum.
Em segundo lugar, a morte é um fato do qual não podemos fugir. Temos que estar prontos para prestar contas a Deus de tudo que fizemos em vida. A morte personifica os limites da existência. A morte personifica medo existencial, fim da esperança, perda do sentido da vida. Fim do Show. “Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá uma segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.” (Hebreus 9.27, 28). Michael Jackson preparava-se para uma série de shows pelo mundo, marcando seu retorno aos palcos para recuperar sua popularidade. No entanto, a morte não podia esperar seus novos 50 espetáculos.
A terceira lição que tiramos desse episódio: “Viver é uma dádiva Divina e temos que vivê-la com responsabilidade, sem desperdiçá-la”. Viver perto dos nossos parentes e amigos sempre perdoando. “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmo 90.12). Michael não perdoou seu pai pelo tratamento que recebeu na infância; a prova disso é que não deixou nada de sua herança para ele.
A última lição que podemos tirar do “Show da Morte de Michael Jackson” é a sua obsessão pela juventude e a rejeição da própria imagem. Era como “Peter Pan”, não queria crescer emocionalmente. Aos poucos, foi se mutilando, tanto para manter a aparência infantil, quanto para oferecer ao público o espetáculo de um corpo ágil. “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” –(1 Coríntios 13.11).
Devemos pensar nestas coisas em relação as nossas vidas... Será que também não estamos vivendo como se estivéssemos num grande “Show” na “Terra do Nunca”? Ou num palco iluminado onde representamos um papel figurativo?...
Rev. Ary Sérgio Abreu Mota