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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

“VOTO É COISA SÉRIA”


No primeiro domingo de outubro, dia 03, o povo brasileiros estará escolhendo seus Deputados estaduais, Deputados Federais, Senadores e, Principalmente, seu ou sua Presidente da República. Em tempos de eleição, é bastante relevante que todos reflitam sobre esta questão. Vivemos em um País que necessita de políticos que estejam preocupados com o bem-comum (não, com seu próprio bem), com a justiça, a democracia e o cumprimento das nossas leis (não, com privilégios pessoais), atender as necessidades do pobre, do desempregado (não, o próprio bolso), em fazer uso adequado do poder para servir a todos (não em nele se manter e se perpetuar), em atender o povo em suas necessidades e interesses (não colocar o interesse partidário acima do povo).
È extremamente importante que saibamos escolhê-los bem, que tenhamos sabedoria na hora de exercer o nosso direito. Ou você prefere acreditar naquela velha máxima que diz que o seu voto não faz a menor diferença, que não muda coisa alguma?
A nossa Constituição Federal, em seu artigo 1º, parágrafo único, diz que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Isto significa que os políticos não chegam ao poder por si mesmo; somos nós que os colocamos lá, nós que lhes damos poder através do nosso voto. Portanto, eu lhe digo que só é massa de manobra nas mãos de políticos quem quer ser. Nós precisamos aprender a votar, a escolher bem nossos candidatos. Devemos aprender a não nos deixarmos enganar por falsas promessas ou influenciar pelo cinismo reinante, a não brincar com nosso direito. Precisamos aprender a exercer nossa cidadania com responsabilidade e, jamais, abrir mão dela, porque, como cristãos, é nosso dever lutar por uma sociedade mais justa, mais digna e mais humana.
Conta-se a história que o Imperador Romano Caio Calígula, neto de Tibério, desejando criticar o Senado romano, nomeou um cavalo chamado Incitatus como senador. Não era um cavalo comum. Tinha 18 criados pessoais, era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura, que era a cor destinada aos trajes imperiais. Foi-lhe até dedicada uma estátua em tamanho real, de mármore, com um pedestal em marfim.
O que faria Incitatus, o cavalo, no Senado? Parece que isso não importava muito. Para Calígula, ele tinha mais utilidade do que aquele grupo de homens enrolados em suas mantas, ditando regras, tomando sauna e envolvendo-se em escândalos de todos os tipos. O senador Cavalo foi uma bela homenagem ao Senado Romano que, naquela época, não exercia seu papel em representar o povo. No entanto, pior que a história do Cavalo de Roma foi a própria Roma que a tudo assistia batendo palmas nos espetáculos dos circos e arenas a que o imperador comparecia.
Esse episódio deve ser para nós um grande desafio na hora de escolhermos aqueles ou aquelas que cuidarão em atender as necessidades mais emergentes de cada cidadão. Não podemos tornar o pleito dos próximos dias um espetáculo que só assistimos e não nos envolvemos.
Exemplos de más escolhas são encontrados em toda a Bíblia: Abimeleque se tornou juiz em Israel após a morte de seu pai e após matar seus 70 irmãos para assumir o poder (Juízes 9: 1 – 6). Saul, o primeiro rei de Israel, se tornou rebelde para com Deus e o Senhor o rejeitou. (1 Samuel 15: 18 – 35) e muitos outros casos de reinados catastróficos e de escolhas erradas. No entanto, o mais incisivo e duro texto que condena poderosos e líderes políticos, se encontra em Miquéias 2: 1 – 6, que anuncia que Deus punirá os que abusam do poder.
Além de tudo, devemos lembrar que ao votarmos, estaremos escolhendo aqueles ou aquelas que serão “Ministros de Deus para o nosso bem” (Romanos 13:4), o que implica em dizer que as autoridades estão a “serviço de Deus” para o bem de todos. Nesse caso, ao escolhermos, estaremos revestindo pessoas de autoridade para fazer o bem a todos, em nome de Deus.
Que o Senhor nos capacite a fazermos as melhores escolhas para o nosso país.

Rev. Ary Sérgio Abreu Mota